terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A primeira dama do teatro, Lala Schneider

Ao ver por várias vezes o espetáculo "O Vampiro e a Polaquinha", conheci o trabalho desta grande atriz, Lala Schneider, sem dúvida, a primeira dama do teatro paranaense e uma das maiores atrizes brasileiras. Lala hoje nome de teatro em curitiba, é tambem sinônimo de amor à arte de representar, seja no teatro, cinema ou televisão. E ela nos brindou com todas as formas e meios de atuar.

Tenho orgulho em dizer que ela foi tambem minha conterrânea

Biografia:

A atriz, diretora de teatro e professora de interpretação Lala Schneider nasceu em 23 de abril de 1926, em Irati.

Era conhecida como a primeira-dama do teatro no Paraná e já foi considerada uma das cinco melhores atrizes do Brasil, tendo atuado em teatro, televisão e cinema.

Lala Schneider iniciou a carreira em 1950 na peça "O Poder do Amor", no Teatro de Adultos do Serviço Social da Indústria (SESI). Na época, trabalhava no setor administrativo do SESI, onde ficou até se aposentar. Ela foi uma das fundadoras do Teatro de Comédia do Paraná.

Ao longo dos seus 57 anos de carreira, Lala Schneider participou de dezenas montagens teatrais e ganhou dezesseis prêmios, entre eles o Troféu Gralha Azul na categoria melhor atriz, em 1984-1985, por "Colônia Cecília" e, em 1992-1993, por "O Vampiro e a Polaquinha".

No teatro, destacam-se as suas atuações em "O Poder do Amor", de Nilo Brandão (1950); "Entre Quatro Paredes", de Sartre, dirigida por Armando Maranhão (1959); "Antes do Café", de Eugéne O’Neill, dirigida por Eddy Franciosi (1959); "Colônia Cecília" (1984-1985); "O Vampiro e a Polaquinha" (1992-1993).

Fez parte de várias montagens do Teatro do Estudante do Paraná, onde ganhou vários prêmios em festivais nacionais. Atuou em dezenas de peças pelo Teatro de Comédia do Paraná, inclusive na inaugural "Um Elefante no Caos", de 1963. Entre as montagens do TCP, atuou em "Colônia Cecília" (1984) e "Noite na Taverna" (1989), sob direção de Ademar Guerra e em "Os Incendiários" (2000), com direção de Felipe Hirsch, e dirigiu Flô em Palácio de Urubus (1993).

No cinema, a atriz trabalhou principalmente com cineastas paranaenses. Ela fez "Guerra dos pelados", "Aleluia Gretchen" e "Making of Curitiba", de Sylvio Back, "O Cerco da Lapa", de Berenice Mendes, "Maré Alta", de Egídio Élcio, entre outros. Seu último trabalho local foi o filme "Mistéryus", baseado em contos de Valêncio Xavier.

Ainda no cinema, Lala Schneider atuou em "Vovó Vai ao Supermercado", curta-metragem de Valdemir Milani - prêmio de melhor atriz em 2004, no Festival de Gramado e "Café do Teatro", média metragem de Adriano Esturilho.

Na televisão, participou de oito novelas, dentre as quais "Lua Cheia de Amor" (1990); "Felicidade" (telenovela da TV Globo - 1991).
"Tereza Batista" (minissérie da TV Globo - 1992).

Em 1994, foi homenageada com a inauguração de um teatro em Curitiba com o seu nome, o "Teatro Lala Schneider".

Em 2004, Lala Schneider recebeu do Centro Cultural Teatro Guaíra a medalha comemorativa dos 50 anos do Guairinha (Auditório Salvador de Ferrante), reverenciada como uma das personalidades que fizeram parte da história do teatro paranaense.

Em 28 de fevereiro de 2007, Lala Schneider foi encontrada morta na sua cama, aos oitenta anos de idade. Segundo a família, Lala não estava doente, mostrando apenas alguns problemas de coluna e alguma ansiedade.
"Está Lá Fora Um Inspetor" - 1966


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