segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Valêncio Xavier Niculitcheff


Valêncio Xavier Niculitcheff nasceu em São Paulo (SP) no dia 21 de março de 1933. Passou a viver no Paraná em 1954. Escreveu para vários jornais e revistas, trabalhou na TV Paranaense (hoje RPC TV) e na TV Paraná (da rede Tupi), escreveu dramas para a televisão e chegou a dirigir episódios do Globo Repórter.

Criou a Cinemateca do Museu Guido Viaro em 1975 – que se tornaria a Cinemateca de Curitiba 23 anos mais tarde –, espaço responsável pela formação de vários cineastas paranaenses, identificados como a Geração Cinemateca, da qual fazem parte Carminatti, Fernando Severo e Berenice Mendes.

Depois de 2002, escreveu apenas mais um texto, “Coisas da Noite Escura”, parte do livro Rremembranças da Menina de Rua Morta Nua (2006), o último publicado pela Companhia das Letras.

O escritor Valencio Xavier morreu na manhã de 05 de Dezembro de 2008 em Curitiba, aos 75 anos. Paulistano, mas radicado na capital paranaense há mais de cinco décadas, Xavier ficou internado por três meses no Hospital São Lucas, e não resistiu a uma parada respiratória provocada por um acidente vascular cerebral.

Tido como um dos ícones da literatura experimental brasileira, Xavier escreveu inúmeras narrativas em jornais e revistas (como Nicolau, Revista USP, Folha de S.Paulo e Gazeta do Povo).

Suas publicações mais conhecidas são ‘O Mez da Gripe’ (Companhia das Letras, 1998), ‘Meu 7º Dia’ (Ciência do Acidente, 1998), ‘Minha Mãe Morrendo e o Menino Mentido’ (Companhia das Letras, 2001) e os contos ‘Minha História Dele’ (Ficções, n. 1, 1998) e ‘Meu Nome É José’, na coletânea A Alegria (Publifolha, 2002). Também trabalhou como tradutor, consultor de imagem em cinema, roteirista e diretor de TV.

Apaixonado por cinema, Xavier recebeu o prêmio de “Melhor Filme de Ficção” na IX Jornada Brasileira de Curta-Metragem, por Caro Signore Feline. Dirigiu, ainda os curtas ‘O Pão Negro - Um Episódio da Colônia Cecília’ (1993) e ‘Os 11 de Curitiba, Todos Nós’, além de ter criado a Cinemateca do Museu Guido Viaro. Suas produções praticamente estagnaram nos últimos anos, quando foi diagnosticado como portador do mal de Alzheimer.

O escritor deixou mulher e dois filhos.




Nota

Conheci Valêncio Xavier em 1989, quando ele dirigia o museu da Imagem e do Som em Curitiba e promovia diversos cursos e oficinas de cinema. O vídeo de conclusão da oficina de iluminação com Dante Lecioli, promovida por Valêncio, tinha como ator principal um dos maiores ícones do teatro curitibano, José Maria Santos, em seu último trabalho em video.

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1 Comentários:

Às 25 de novembro de 2012 às 19:57 , Anonymous Anônimo disse...

Saudades de voce meu tio

 

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