Luis Melo
Biografia
Ator formado pelo Curso Permanente da Fundação Teatro Guaíra em 1969. Trabalhou em Curitiba como ator e professor de teatro até 1975, tendo tido a oportunidade de ser dirigido por alguns dos mais importantes diretores do teatro paranaense. Ainda em Curitiba foi dirigido por Emílio de Biasi e Ademar Guerra no Teatro de Comédia do Paraná. Em 1975 foi para São Paulo, onde se tornou, durante dez anos, o primeiro ator do Grupo Macunaíma, dirigido por Antunes Filho.
Foi muito criticado por Antunes Filho quando ingressou na TV para atuar em telenovelas.
Em cinema atuou em “Terra estrangeira” (Walter Salles/Daniella Thomas), “Jenipapo” (Monique Gardenberg), “Doces Poderes” (Lucia Murat), e “Por Trás Do Pano” (Luis Villaça).
Participou na novela “Cara e Coroa” (Antônio Calmon), recebendo o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) como ator em TV, e o Prêmio Contigo, na mesma categoria.
Logo depois, encenou o monólogo “Sonata Kreutzer” (Leon Tolstoi), direção de Eduardo Wotzik, recebendo por ele os prêmios Mambembe, APCA e indicação para o prêmio Shell de 1996.
Participou das novelas “O Amor Está No Ar” (Alcides Nogueira) e “Pecado Capital” (Glória Perez), do espetáculo “Salomé” (Oscar Wilde), direção de Possi Neto, pelo qual foi indicado para o Prêmio Cultura Inglesa como melhor ator de 1997.
Integrou o elenco das minisséries “Hilda Furacão” (do romance de Roberto Drummond), direção de Wolf Maia, “Auto da Compadecida” (Ariano Suassuna). Em 1999, excursionou com o espetáculo “Nijinsky - Divino Bufão”, (estreando como produtor), com direção de Rossela Terranova e Claudia Schapira, considerado um dos cinco melhores espetáculos do ano pelo Jornal do Brasil e indicado para o prêmio Shell de melhor ator.
Em 2000, participou da minissérie “A Invenção do Brasil”, direção de Guel Arraes e da novela “O Cravo e a Rosa”, direção de Walter Avancini. Em 2001 abriu, juntamente com Nena Inoue e Fernando Marés o ACT – Ateliê de Criação Teatral, espaço voltado à formação e experimentação nas artes cênicas.
Em 2002 participou da novela “A Padroeira”, direção de Walter Avancini e do espetáculo “Cãocoisa e a Coisa Homem”, direção de Aderbal Freire-Filho, primeira montagem do ACT – Ateliê de Criação Teatral, ganhando o Prêmio Governador do Estado - Troféu Gralha Azul como melhor ator. Em 2003 participou da minissérie “A Casa das Sete Mulheres”, direção de Jayme Monjardim, recebendo o premio Qualidade Brasil/SP, como melhor ator de teledramaturgia. E dos filmes “Olga”, de Jayme Monjardin e “Cafundó”, de Paulo Betti e Clóvis. Em 2004 iniciou, juntamente com Marcio Abreu, o Grupo de Estudos sobre Tchekhov.
Carreira
No teatro
* “Macunaíma” (Mário de Andrade)
* “A Hora e a Vez De Augusto Matraga” (Guimarães Rosa)
* “Xica da Silva”, (Luis Alberto de Abreu)
* “Paraíso Zona Norte” (Nélson Rodrigues)
* “Nova Velha História” (do mito “Chapeuzinho Vermelho”)
* “Trono de Sangue” / “MacBeth” (William Shakespeare)
* “Vereda da Salvação” (Jorge de Andrade)
* “Gilgamesh” (baseado no poema épico sumério)
* "Sonata Kreutzer" (baseado em conto de Tolstoi)
* "Salomé" (Oscar Wilde)
* "Cão Coisa e a Coisa Homem"
* "Daqui a 200 Anos"
Na televisão
Telenovelas e minisséries
* 2008 Faça Sua História - Delegado Nicanor
* 2008 Casos e Acasos - Linhares
* 2007 Eterna Magia - Dr. Rafael (Tio Rafa)
* 2006 Cobras e Lagartos - Orã Munhoz/Conchita
* 2006 JK - Coronel Licurgo
* 2005 América - Ramiro
* 2003 A Casa das Sete Mulheres - Bento Manuel
* 2001 A Padroeira - Molina
* 2000 O Cravo e a Rosa - Nicanor Batista
* 2000 A Invenção do Brasil - Vasco de Athaíde
* 2000 A Muralha - Manuel
* 1998 Pecado Capital - Ricardo
* 1998 Hilda Furacão - Padre Ciro
* 1997 O Amor Está no Ar - Alberto
* 1997 Anjo Mau - Müller
* 1995 Cara e Coroa - Rubinho
* 1993 O mapa da mina - Cerqueira Júnior
* 1990 Mico Preto - Eugênio de Sá Matos
* 1988 Vale Tudo - Júlio
* 1986 Selva de Pedra - Humberto Lago Martins
* 1985 Roque Santeiro - Flávio Cardoso
* 1982 Sétimo Sentido - José Beltrão
* 1980 As Três Marias - Andrei
* 1979 Malu Mulher - Robson
* 1976 Anjo Mau - Müller
* 1974 Fogo sobre Terra - Peixoto
* 1972 Selva de Pedra - Humberto Lago Martins
* 1970 Irmãos Coragem - Ricardo
* 1969 Sangue do Meu Sangue - Furtado Lins
No cinema
* Encarnação do Demônio
* Cafundó
* Gaijn - Ama-me como sou
* Separações
* Olga
* Caramuru - A Invenção do Brasil
* Por trás do Pano
* O Auto da Compadecida
* Terra estrangeira
* Doces Poderes
* Jenipapo
Curtas
* Desterro
* Útero
Prêmios
* Prêmio Qualidade Brasil - SP como ator em TV pela minissérie A Casa das Sete Mulheres
* Prêmio de Melhor Ator (categoria Curta-Metragem no festival Guarnicê de Cinema, São Luis do Maranhão) com o filme “Desterro” (Eduardo Paredes)
* Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como ator em TV pela novela Cara e Coroa
* Prêmio “Revista Contigo” como ator em TV pela novela Cara e Coroa
* Prêmio Mambembe, Shell, APCA e Molière pela peça “Sonata Kreutzer” (Leon Tolstoi), direção de Eduardo Wotzik
* Prêmio Cultura Inglesa como melhor ator de 1997 pelo espetáculo Salomé
* Prêmio APCA/2005 como melhor ator teatral pela Daqui a 200 Anos.
Fonte: Wikipedia
Assim que recebeu o convite do diretor Jayme Monjardim para interpretar o mercenário Bento Manuel, de "A Casa das Sete Mulheres", o ator Luís Melo ficou entre a cruz e a espada. Por um lado, adorou o convite porque sempre quis trabalhar com o diretor. Os dois, aliás, já ensaiavam essa parceria desde "Terra Nostra", mas a incompatibilidade de agendas nunca deixou. Mas, por outro, não gostou muito da idéia de interpretar, mais uma vez, o papel de antagonista na tevê. "Sinto um enorme prazer em fazê-los porque os antagonistas são sempre ricos e interessantes. Mas quero voltar a interpretar um tipo mais romântico, como o Rubinho", confessa o ator, referindo-se ao personagem que marcou sua estréia na tevê, em 95, na novela "Cara & Coroa", de Antônio Calmon.
Passado o receio inicial de fazer mais um vilão, Luís Melo deixou se arrebatar pelo jeitão meio Fausto de ser de Bento Manuel. A exemplo do célebre personagem de Johann Wolfgang Goethe, o personagem de "A Casa das Sete Mulheres" também faz um pacto com o Diabo. Mas, em vez de reivindicar uns anos a mais de vida, ele negocia o amor da mulher amada: a obstinada Caetana, interpretada por Eliane Giardini. "O que mais gosto neste homem é que ele acredita numa coisa e vai até o fim para conquistá-la", observa o ator. Mas, para conquistar o amor de Caetana, Bento Manuel precisa rivalizar com Bento Gonçalves, personagem de Werner Schünemann. "Sinto orgulho por estar apoiando o Werner nessa empreitada", garante.
Seletivo
De certa forma, a estréia de Werner na Globo faz Luís Melo lembrar-se de sua própria em "Cara & Coroa". E o faz recordar também de um conselho que ouviu, certa vez, de Marco Nanini para "demarcar seu território na tevê". Em outras palavras: não aceitar fazer qualquer coisa. É justamente isso que Luís Melo vem fazendo ao emprestar seu talento dramático apenas aos chamados "projetos especiais" da Globo, como as microsséries "O Auto da Compadecida" e "A Invenção do Brasil", ambas de Guel Arraes. Caso contrário, ele sabe do risco que corre de ser transformado em reles coadjuvante, sem outra incumbência senão servir de escada para "jovens protagonistas".
Depois de atender a insistentes pedidos do diretor Wolf Maya para fazer "Cara & Coroa", em 95, não parou mais. A minissérie "A Casa das Sete Mulheres" já é o seu 10.º trabalho na Globo em pouco mais de oito anos. Nesse período, fez de tudo um pouco: novelas, minisséries e até os chamados "projetos especiais". "Gosto de fazer televisão, mas gosto de temperá-la com teatro e cinema. Se tivesse deixado de atuar em outras áreas, meu casamento com a tevê não teria durado tanto", brinca.
Só em boa companhia
Apesar do pouco tempo de carreira na tevê, Luís Melo já aprendeu que ela pode ser "uma amante infiel". Por isso mesmo, garante que não faz concessões para trabalhar no que não acredita. Das vezes em que abriu precedentes, se arrepende e muito. "Já aconteceu de eu aceitar determinado trabalho por amizade e depois constatar que ele não era nada daquilo que eu imaginava. Aí, você fica na maior roubada!", reconhece. Para evitar de entrar em outras roubadas, Luís Melo só trabalha com quem já conhece, como os diretores Wolf Maya e Guel Arraes, ou com quem admira muito. Este é o caso de Jayme Monjardim, diretor de "A Casa das Sete Mulheres". Entre os muitos antagonistas que fez na tevê, elege o Nicanor Batista, de "O Cravo e a Rosa", atualmente no "Vale a Pena Ver de Novo", como um de seus preferidos. E por um motivo bastante especial. "O Avancini foi fundamental na minha vida. Sinto muita falta dele", emociona-se.
Para Antunes, o melhor do País
Sobre Luís Melo, o rigoroso diretor teatral Antunes Filho já disse: ele é o maior ator do Brasil! "Ele é suspeito para falar isso", corrige o ator, encabulado. Em 1985, o paranaense Luís Alberto Melo entrou para o grupo Macunaíma, dirigido por Antunes, para integrar o elenco da peça "A Hora e a Vez de Augusto Matraga". Só saiu de lá em 96 depois de aceitar o bendito convite de Wolf Maya para "Cara & Coroa". A decisão de enveredar pela tevê trouxe problemas à amizade com Antunes. Os dois ficaram um bom tempo sem se falar. "O Antunes não vai compreender nunca. Mas eu respeito a posição dele", lamenta.
No teatro, Luís Melo ganhou alguns dos mais importantes prêmios brasileiros, como Mambembe, Shell e Molière. Na tevê, não foi diferente. Logo em sua estréia, ganhou o APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, como revelação em tevê. "Se você não fizer televisão, outro vai fazer. É melhor você ocupar seu espaço do que deixá-lo em aberto", justifica. Antes de Wolf, Luiz Fernando Carvalho já havia insistido para Luís Melo debutar na tevê. Em 93, o ator só declinou do convite para fazer "Renascer" porque teria de passar 60 dias na Bahia.
Luís Melo lembra que Wolf comprou uma briga danada com a Globo ao escalá-lo na novela. A emissora temia que o público rejeitasse a excessiva teatralidade daquele ilustre desconhecido. "Ao mesmo tempo em que era difícil, aquilo me fascinava. Adoro coisas que não domino porque só assim tenho com que brigar", frisa. Aos 46 anos, Luís Melo não teme comprar outra briga ao afirmar que, hoje em dia, qualquer pessoa pode fazer televisão. "As cenas são curtas e bem dirigidas. Dá para tapear. Mas o difícil não está em entrar na tevê e sim em continuar nela", adverte.
De volta à cidade natal
# Luís Melo nasceu em Curitiba no dia 13 de novembro de 1957. Em 79, aos 22 anos, se formou pelo Curso Permanente da Fundação Teatro Guaíra. Ainda em Curitiba, trabalhou como ator e professor de teatro até 85, quando mudou-se para São Paulo.
# No cinema, Luís Melo já contabiliza cinco longas-metragens: "Terra Estrangeira", de Walter Salles e Daniela Thomas, "Jenipapo", de Monique Gardenberg, "Doces Poderes", de Lúcia Murat, "Por Trás do Pano", de Luis Villaça, e "Gaijin 2", de Tizuka Yamasaki, sem previsão de estréia.
# Há três anos, Luís Melo fundou, em parceria com a atriz Nena Inoue e o cenógrafo Fernando Marés, o ACT, Ateliê de Criação Teatral, em sua cidade natal. "O sonho de todo ator é ter um espaço para desenvolver um trabalho que o faça envelhecer dignamente", garante.
Fonte: www.parana-online.com.br
2 Comentários:
mas, se o primeiro trabalho dele na tv foi em
cara e coroa em 1995
ele não fez malu mulher.
gosto muito do trabalho dele.
Interessante é que ele está criando um projeto para residência artística, em São Luís do Purunã - PR, que além de colaborar com a comunidade, será um espaço de apresentação de diversas modalidades artísticas. O nome do local é Campo das Artes. Pretende que ele seja totalmente implantado até o final desse ano.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial